Algumas reflexões sobre imagem pessoal em contexto profissional

A apresentação/imagem visual conta, e muito. Enquanto seres sociais estamos, permanentemente, sob escrutínio e a escrutinar os outros. Evidencia-se este pressuposto quando, por exemplo, muito frequentemente, evitamos pessoas que nos parecem “assustadoras”, procurando, deliberadamente, ou não, as pessoas que nos parecem “acolhedoras” ou, pelo menos, em conformidade com os nossos padrões.

Em contexto profissional, é fundamental, quase sempre, transmitir uma mensagem de credibilidade e confiança, pois as pessoas com quem interagimos tomam decisões também influenciadas pela imagem que projetamos, decisões estas que podem, mesmo, chegar a influenciar as negociações e os negócios.

A mensagem que revelamos para aqueles com quem interagimos, pelo menos num primeiro momento, é uma combinação da nossa forma de comunicar, da nossa atitude e da nossa presença visual. Assim, quando se ouve aquela “frase feita” que é o “vista-se para o sucesso”, pense-se, pelo menos, que uma imagem desadequada pode, no mínimo, causar entropia no processo de comunicação.

Para os homens, o tradicional fato pode, já, não constituir sempre a melhor escolha. Por exemplo, esse fato será tão impróprio numa empresa de novas tecnologias, onde todos os colaboradores usem jeans e t-shirts, como serão estes jeans e estas t-shirts prejudiciais no setor da banca ou da consultoria.

Então, um dos aspetos a considerar é, em primeira instância e sempre, a adequação ao contexto.

Vale a pena, igualmente, ter em conta que uma imagem desadequada pode diminuir substancialmente o respeito com que se é visto, podendo gerar distração e comentários desnecessários, preconceitos que podem ser danosos na gestão da imagem global, causar a perda de oportunidades ou, até, em situações extremas, assédio sexual e bullying.

O profissionalismo consiste, também, em tratar e ser tratado com respeito. O vestuário pode ajudar ou desajudar neste processo. Primeiro, com o seu vestuário, demonstre respeito por si próprio e, consequentemente, pelos outros. Por exemplo, quanto mais lidar com valores, mais tradicional e conservadora deve ser a sua imagem (áreas da economia, finanças, direito, fiscalidade, seguros, cuidados de saúde, mercado de valores mobiliários e imobiliários). Por outro lado, um código de vestuário mais informal e descontraído é bem aceite em áreas como as tecnologias de informação, turismo e viagens, indústria, educação, indústrias criativas, moda, comunicação nas suas inúmeras vertentes, segmentos da economia dos quais se espera inovação e criatividade.

A boa notícia é que a imagem de qualquer pessoa pode ser sempre melhorada, sendo que este processo de melhoria pode não depender diretamente de fatores (incontornáveis) como a compleição física ou a idade. Basta, isso sim, querer, começar, consolidar e monitorizar esta tarefa!

Cristina Fernandes

 

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