Como lidar com a grosseria alheia

A grosseria, normalmente designada como falta de educação ou má educação, constitui um modo de comportamento alheio que nos pode deixar aborrecidos, entristecidos, até mesmo furiosos. Em alguns casos, este comportamento desadequado pode chegar à agressividade e, por vezes, mesmo ao bullying.

Em contexto profissional, a grosseria consegue influenciar a produtividade, diminuir a colaboração e a solidariedade entre os membros de uma equipa e, portanto, gerar um impacto muito negativo sobre os relacionamentos e sobre o ambiente de trabalho.

Mesmo não existindo soluções milagrosas, creio, pois o comportamento alheio constitui uma variável não controlável e é influenciado por múltiplos fatores, ficam algumas sugestões:

  1. Comporte-se de forma irrepreensivelmente educada, até porque o modo como interage influencia muito o modo como é tratado pelos demais.
  2. Sendo alvo da má educação alheia, principalmente quando tal acontece no local de trabalho e de forma continuada, reaja. Por exemplo, conversando com a pessoa, em privado, e argumentando racionalmente, ouvindo (e tentando compreender) os argumentos da outra parte.
  3. Fique atento ao comportamento futuro dessa pessoa, verificando se houve alguma alteração efetiva, ou não.
  4. Na eventualidade de uma mudança de comportamento ser, de todo, inviável, concentre-se em diminuir ou, de preferência, ignorar o efeito que a grosseria lhe causa (por exemplo, avalie se a rudeza é pontual ou acontece sistematicamente, se constitui um registo de comunicação dessa pessoa para com todos com quem interage ou, especificamente, para consigo).
  5. Peça aconselhamento a alguém da sua confiança, no sentido de o ajudar a lidar com a situação e, eventualmente, a encarar o tema numa perspetiva mais neutra.

 

A grosseria no comportamento pode advir da insegurança, pode ser uma forma de demonstrar poder sobre os outros, pode ser resultante de stress, de frustração, de incapacidade de lidar com os próprios sentimentos, entre milhares de outros motivos. No extremo, e caso a situação não se altere, pode sempre usar uma “arma” extraordinariamente poderosa: ignorar essa pessoa ou, se tal não for possível, ignorar o seu comportamento. Afinal, as atitudes ficam com quem as pratica…

Cristina Fernandes

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *