Comunicação verbal: as perguntas
As perguntas são a forma mais simples e directa de questionar alguém, evidentemente; acontece que, nem sempre é assim tão fácil… E nem sempre “perguntar não ofende”, como diz o ditado.
Claro que nem todas as perguntas são isentas de complicações, muitas podem até aparecer carregadas de vários pressupostos. Situações ocorrem também em que as perguntas não podem ser directamente apresentadas, podendo ser interpretadas como forma de questionar a autoridade de alguém. Aliás, segundo Samuel Johnson. “Questioning is not the mode of conversation among gentlemen”.
Frequentemente as perguntas são uma técnica de conversação utilizada para:
- Enfatizar a diferença de ideias entre interlocutores.
- Ridicularizar alguém.
- Criticar ou fazer troça.
- Encontrar culpados.
- Deixar transparecer uma ideia de pretensa superioridade intelectual.
- Expressar um ponto de vista.
- Pressionar alguém.
- Iniciar uma discussão.
Assim, e para evitar situações embaraçantes ou conflituosas, as perguntas devem ser uma técnica de comunicação utilizada com o objectivo de:
- Averiguar factos.
- Nos assegurarmos da nossa própria percepção sobre algo.
- Ajudar o interlocutor a compreender melhor.
- Convidar o outro a corroborar, ou não, o nosso ponto de vista.
- Induzir à acção.
Existem vários tipos de perguntas:
- Perguntas fechadas (aquelas cuja resposta é sim ou não).
- Perguntas abertas (aquelas cujas respostas não são nem sim nem não);
- Perguntas que induzem o outro a responder o que pretendemos que responda.
- Perguntas que direccionam o rumo do assunto.
- Perguntas de reflexão, que não exigem resposta mas funcionam como uma última afirmação.
Em alguns casos, as “melhores” perguntas são aquelas que levam o destinatário a reflectir ou a agir…
Cristina Fernandes
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