O papel do Protocolo na construção da Imagem de Marca de um Político
A aplicação das técnicas do marketing político, tendência relativamente recente que se tem vindo a desenvolver desde meados do Sec. XX, principalmente nos EUA, é fundamental na criação da imagem de marca de uma figura pública, nomeadamente na de um político (tanto para mais numa época em que esta classe enfrenta crescente falta de popularidade).
Considerando que as ideologias políticas não cabem no âmbito do que escrevo, abordo apenas os aspectos sobre os quais o Protocolo poderá ter um influência positiva, directa e indirectamente, na construção afirmativa dessa imagem. Assim, permito-me deixar, neste espaço, algumas opiniões para aqueles que estão, ou pretendam vir a estar, na vida pública e/ou política:
– Certifique-se de que tem (e teve!) um comportamento moral e ético irrepreensível.
– Domine as técnicas de comunicação nas suas diversas vertentes.
– Preocupe-se em falar e escrever correctamente.
– Aperfeiçoe a técnica dos discursos.
– Atente cuidadosamente à linguagem não-verbal.
– Aconselhe-se com especialistas sobre a imagem que projecta e, se necessário, empreenda as respectivas mudanças, se preciso for com o apoio de um Consultor de Imagem.
– Cultive a simpatia, a empatia, a cortesia, sem confundir assertividade com agressividade nem gentileza com falsidade.
– Conheça o Protocolo e respeite o Cerimonial dos actos oficiais e/ou públicos.
– Não duvide de que o Protocolo (também) é uma linguagem simbólica habilmente utilizada para transmitir mensagens de poder e prestígio e, nesse sentido, certifique-se de que sabe, com precisão, pelo menos:
1. As regras que regem os símbolos nacionais.
2. A existência e objectivo da Lei n.º 40/2006 de 25 de Agosto – Lei das Precedências do Protocolo do Estado Português.
3. A forma de gerir convites.
4. A ordem dos discursos.
5. A técnica adequada de brindar.
6. As formas correctas de cumprimentar e apresentar.
7. O comportamento adequado em reuniões e, principalmente, em refeições.
8. Os trajes adequados a cada tipo de evento e circunstância.
9. Os princípios básicos da multiculturalidade.
10. Os tratamentos honoríficos.
Acima de tudo, se não souber – nem nisso tiver interesse -, rodeie-se de quem saiba: é um acto revelador de grande inteligência e pragmatismo!
Cristina Fernandes
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