O profissional de Protocolo
Neste post, apresento, naturalmente que de forma não exaustiva, as funções de um profissional de protocolo numa empresa (ou, genericamente, numa organização fora do âmbito oficial).
A cada vez maior ocorrência de eventos empresariais tem feito aumentar a necessidade destes profissionais ou, pelo menos, de profissionais com sólidos conhecimentos nesta área. Defendo, contudo, que considerar a necessidade do protocolo única e exclusivamente no domínio da organização de eventos, é redutor.
Algumas características pessoais úteis aos profissionais de protocolo:
- Capacidade de respeitar todos os demais, sem excepção, não fazendo ninguém “perder a face”: nem chefes, nem subordinados, nem colegas de profissão.
- Serenidade.
- Honestidade e rectidão de carácter, predisposição para agir de boa fé e de acordo com princípios éticos universais.
- Simplicidade, humildade e “low profile”, disponibilidade para prestar serviços aos demais, não para ser servido.
- Resistência física, psicológica e paciência.
- Inteligência emocional e bom senso, além de maturidade pessoal e profissional.
- Capacidade de comunicar eficaz e indistintamente.
- Flexibilidade, capacidade de organização e pragmatismo.
- Sólida formação académica e ampla formação cultural (sobre temas nacionais e internacionais).
- Conhecimento profundo da matéria protocolar.
- Domínio de línguas estrangeiras e das tecnologias de informação.
Algumas das tarefas da responsabilidade de um profissional de protocolo são:
- Fazer cumprir a legislação que rege a utilização dos Símbolos Nacionais.
- Aplicar ou estabelecer precedências, com isenção e em cumprimento da legislação aplicável.
- Transformar um evento banal num processo de comunicação direccionada.
- Conseguir que tudo funcione na perfeição, sem falhas nem imprevistos e, sobretudo, com tranquilidade.
- Organizar refeições e reuniões de qualquer dimensão.
- Escolher presentes.
- Receber convidados de todas as nacionalidades e estatutos.
- Promover a comunicação com protocolo, aos diversos níveis, em coordenação com outros sectores da empresa.
- Participar na criação do “Livro de Estilo” e de outros manuais sobre matérias de comunicação empresarial.
- Participar na gestão de agendas.
- Desenvolver bases de dados detalhadas.
- Gerir o arquivo documental de eventos e demais situações relevantes nas relações institucionais da organização.
Em meu entender, o conhecimento necessário para o desenvolvimento desta profissão não se consegue de um dia para o outro – exige humildade e abertura para aprender permanentemente com quem sabe, mas também para partilhar informação com quem a queira receber.
Cristina Fernandes
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