Protocolo como expressão de ordem

 

As cerimónias, os eventos, as regras e preceitos de Protocolo e Etiqueta, as normas de civilidade, as precedências públicas e empresariais, a utilização de Símbolos Nacionais ou outros são aspectos cruciais que concorrem para expressar publicamente, normalmente de forma silenciosa, a ordem e a organização de um determinado colectivo.

Contudo, em meu entender, esta ordem é, na actualidade frequentemente negligenciada quer em instituições públicas quer em organizações privadas. E, não esqueçamos, que as pessoas julgam, sobretudo, por aquilo que vêem.

O Protocolo de um Estado detém uma importância fundamental no que concerne a transmissão da imagem institucional o que, no entanto, não é incompatível com atitudes de humanização e proximidade.

A imprensa (a nível mundial) desempenha, também aqui, um papel fundamental. Veja-se, recentemente, as inúmeras noticias/opiniões emitidas a propósito das cerimónias presididas por Sua Santidade o Papa Francisco – os gestos de aproximação, as demonsttrações de afecto, o processo de simplificação de alguns rituais que iniciou, rápida e erradamente (em minha opinião) foram confundidos com “quebras de Protocolo” (expressão que, aliás, detesto).

O Protocolo e a emoção não são incompatíveis. E vale a pena considerar que sem aplicação de estritas regras de Protocolo nenhuma das cerimónias teria acontecido da forma como aconteceu. Na estratégia de comunicação do Santo Padre, nas cerimónias a que preside, nos rituais da Igreja que lidera, os sentidos parecem ocupar um papel preponderante. Os Católicos (também) têm necessidade de ver e de sentir.

É o que tem sido feito, mas com Protocolo, respeitando costumes que datam de épocas imemoriais, tradições seculares, com propósitos religiosos, sociais e até políticos.

Cristina Fernandes

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